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Não se fecham aeroportos!

Em 2021 a comunidade aeronáutica dispendeu energia enorme para tentar manter aeroportos abertos, particularmente o Campo de Marte (São Paulo-SP), Carlos Prates (Belo Horizonte-MG) e Brigadeiro Protásio (Belém-PA). 

A AOPA Brasil acompanha os três principais processos que ameaçam o fechamento de aeroportos da aviação geral em São Paulo, Belo Horizonte e Belém.

Campo de Marte: vitória da aviação e derrota de João Doria

A batalha contra a decisão do governador de São Paulo de fechar o Campo de Marte foi ganha, depois de muito esforço econômico e político de associações de usuários, da comunidade e entidades, que conseguiram articular a resolução favorável do problema. 

O Campo de Marte aberto é ainda mais importante quando se observa o cenário da concessão de Congonhas, que deve ocorrer em alguns meses. Os contratos de concessão da 7ª rodada exigirão investimentos na modernização do aeroporto, incluindo operações IFR, a mesma obrigação que o Ministério da Infraestrutura e a ANAC farão para Jacarepaguá, no Rio de Janeiro-RJ.

Brigadeiro Protásio: tristeza com o encerramento e esperança com as novas operações em Val-de-Cãs

O fechamento do aeroporto Brigadeiro Protásio foi recebido com muita tristeza por toda a comunidade. Imagens com últimas decolagens e operações e o encerramento das operações foram desoladoras. 

O governo do estado do Pará estava decidido a realizar um novo projeto urbano que transformaria o aeroporto num parque público. 

Em um arranjo com o governo do Estado, o aeroporto de aviação geral foi encerrado, as operações transferidas para o Internacional e mais de R$ 20 milhões estão sendo investidos em obras para acomodar as operações da aviação geral. 

Há rumores que o governo do estado do Pará estuda a criação de outro aeroporto, nas imediações de Belém.

Carlos Prates: adiamento e negociações com os Ministérios da Infraestrutura, Economia e Prefeitura de Belo Horizonte

No último dia de 2021, uma Portaria do Ministério da Infraestrutura adiou o encerramento do Carlos Prates, como consequência principal do trabalho da associação de usuários VOA Prates, cuja atuação é bem vista inclusive no governo. 

Ao longo de meses de negociação, a Prefeitura de BH e o estado de Minas Gerais buscaram com a associação encontrar formas para manter o aeroporto aberto. No final de 2021 a Prefeitura finalmente se decidiu por manifestar seu interesse pelo aeroporto e, com isso, o encerramento foi adiado, para que a transição possa ser executada. 

Nesse momento, o grande esforço de negociação envolve os Ministérios da Infraestrutura e da Economia, uma vez que o ativo precisa ser retirado de projetos e fundos administrados pela Economia.

O trabalho da bancada de Minas Gerais no Congresso e do atual vice-prefeito de BH, Fuad Noman, também tem sido e continuará a ser essencial para a proteção do aeroporto.

A proteção do Carlos Prates se consolidará com a transferência da administração defiinitiva do aeroporto para o município e definição da nova administração.

"Esses três episódios só confirmam a tese que temos insistido há anos: não há aviação geral forte sem associações fortes. Isso não é diferente em nenhum lugar do mundo. Cidades sempre vão crescer para cima de aeroportos, que valem muito dinheiro. Sem associações de usuários fortes não há quem proteja aeroportos. A VOA Prates é o melhor exemplo de um trabalho bem feito por quem mais se interessa por um aeroporto, seus próprios usuários", avalia Humberto Branco, presidente da AOPA Brasil.


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